terça-feira, 11 de setembro de 2012

Experiências de Estágio: “Grupo Focal” com adolescentes da escola João Dantas Filgueiras



As estágiarias Joycimere Lélis, Marciana Santiago e Kátia Veríssimo no dia 20/06 realizaram a gravação de um documentário com as alunas: Lilian, Beatriz e Talia da escola João Dantas Filgueiras – Três Lagoas MS, alunas estas consideradas “problemáticas” na escola.  O foco do documentário voltou-se às questões etnicoraciais; para autoestima das alunas, bem como a compreensão de como as adolescentes negras se comporta no ambiente escolar.
A experiência da atividade foi muito interessante. Sua prática evidenciou o quanto é complexo a elaboração de um documentário devido: aos imprevistos do dia-dia, a falta de experiência de manusear a câmera e de coordenar as questões para o “Grupo Focal”, e nas dificuldades em editar o próprio documentário. Porém, mesmo com todos estes empecilhos encontrados no meio do caminho, a experiência foi muito válida, principalmente ao analisarmos o produto final; os comportamentos e as falas das meninas ditas problemáticas, com o comportamento péssimo em sala de aula. Revelou-nos principalmente, tamanha carência de atenção, reflexo de um lar com inúmeros problemas. Sobre a sua negritude, as alunas se reconhecem como preta, mas cabe pontuar que em dias anteriores à gravação do documentário, as mesmas não se reconheciam como tais. Neste sentido, podemos refletir mesmo que subjetivamente, como a atividade contribuiu para essa identificação; pensando ainda, como as identidades negras são transitórias e contingentes.
Nossa preocupação está em aumentar ou promover a autoestima nos alunos negros, logo criar subsídio para a firmação enquanto identidade negra. Ao promovermos um espaço como o documentário, estamos colocando em evidência o negro, oportunizando espaços em que se possam discutir questões inerentes aos mesmos, bem como práticas pedagógicas em salas de aulas. 
Segue abaixo algumas fotografias tiradas no dia da gravação:


As estagiárias Jocymeire Lélis e Marciana Santiago.


Estagiária Kátia Veríssimo.


Estagiária Marciana Santiago.


 As alunas Liliane, Beatriz e Talia participante do “Grupo Focal”.

   


Queremos deixar registrado aqui, nosso agradecimento pela colaboração/participação das alunas. O que tornou possível a realização desta atividade.

Em breve disponibilizaremos o documentário no blog. 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Senado aprova projeto que reserva 50% das vagas em federais para cotas


GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

O Senado aprovou na noite desta terça-feira projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos.
Além disso, estabelece a divisão dessas vagas com base nas raças dos estudantes.


O projeto segue agora para sanção presidencial. Na prática, ele mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.
Levantamento da Folha nas 59 instituições federais mostra que hoje há 52.190 vagas reservadas, de um total de 244.263. Com o projeto, seriam então 122.131 --aumento de 134%.
O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE.
Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.
Dos 50% reservados para cotas, metade das vagas será destinada a alunos com renda familiar de até R$ 933,00 por pessoa. Nesse grupo, também é preciso respeitar o critério racial.
Assim, os 50% restantes das cotas podem ser ocupados por quem tem renda maior, desde que seja obedecido o critério racial.
O tema tramitava havia 13 anos no Congresso, mas, por ser polêmico, só foi aprovado depois que o governo mobilizou aliados. A expectativa era que fosse votado nesta quarta, mas o governo aproveitou o plenário cheio na sessão para concluir a tramitação.
O projeto prevê que as cotas irão vigorar por dez anos. Depois disso, haverá revisão do tema com o objetivo de verificar se o modelo deu certo.
"É um período de transição para garantir a igualdade na seleção", disse a senadora Ana Rita (PT-ES), uma das relatoras do texto.

VESTIBULAR

Um trecho aprovado deve ser vetado pela presidente Dilma Rousseff. Ele estabelece que o ingresso por meio de cotas deve ocorrer pela média das notas do aluno no ensino médio, sem vestibular ou sistema similar.
Para facilitar a aprovação no Senado, o Palácio do Planalto prometeu vetar essa mudança.
A votação foi simbólica. Apenas o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) se declarou contrário ao projeto.
"Ao colocar todas as instituições no mesmo molde, estamos ferindo a autonomia da universidade. Estabelecemos de fora para dentro um critério", afirmou.
O senador Paulo Paim (PT-RS), um dos principais defensores do projeto, disse que a mudança faz um resgate social dos negros no país.
"Quem é negro sabe o quanto o preconceito é forte. A rejeição desse projeto significaria não querer que os negros, índios e pardos tenham acesso à universidade."


07/08/2012 - 22h44


quinta-feira, 21 de junho de 2012

O 5º A começa a jogar Mancala


       Hoje Ana Paula, Maria Caroline e eu fomos ao nosso terceiro encontro com o 5°ano A.
     Conforme programado, hoje as crianças começaram a jogar mancala. Iniciamos a atividade explicando aos alunos a regras do jogo e os dividimos em equipes para começarem a brincadeira, apesar do dia bastante chuvoso muitos deles compareceram a aula.Trabalhamos com a mancala on line e com o data show, os alunos adoraram a atividade quase todos participaram, exceto três alunos que não se juntaram a roda e ficaram desenhando na lousa. Uma coisa que nos surpreendeu muito foi a facilidade com que eles aprenderam a jogar, fiquei pasma, pois durante a apresentação das regras muitos deles já tinham noção de como o jogo funcionava, coisa que eu demorei dias para aprender em uma aula eles já aprenderam.
     Durante o decorrer do jogo, como os alunos estavam divididos entre meninas e meninos que foi proposto pela professora Maura e como eles estavam muito alvoroçados tentávamos controlá-los para que todos pudessem participar. Isso acirrou a competição entre meninos e meninas e é algo que precisamos pensar.
     Como já disse, eles estão adorando as aulas e dissemos a eles que no nosso próximo encontro eles irão jogar mancala em dupla, percebi que as crianças gostam bastante de disputa e muitos nos pediram o endereço do site para treinarem em casa e assim na próxima aula ganharem de seus colegas.






Caso também queiram testar suas habilidades matemáticas e estratégicas, segue o link do jogo usado em sala de aula : http://www.aflcio.org/Mancala.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Confecção dos tabuleiros para Mancala

Mancala é um jogo de tabuleiro, muito popular na África ocidental. É o jogo oficial do Gabão. Joga-se com sementes em buracos escavados no chão, ou em tabuleiros.
Em projeto interdisciplinar envolvendo professores de artes, Matemática e História, iniciamos a confecção dos tabuleiros com as acadêmicas Ana Paula e Naiara.
Quer jogar com a gente?




sábado, 9 de junho de 2012

Estudante de História é vítima de racismo no RS


Depois de ser vítima de racismo e de receber ameaças de morte por parte da Brigada Militar, o estudante da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o baiano Helder Santos, de 25 anos, teve que deixar a cidade de Jaguarão, no sul gaúcho. Helder havia se mudado para o município para estudar História na Unipampa, por meio do Enem.

Os incidentes começaram uma semana antes do Carnaval, em uma festa. Helder afirma ter sido agredido por policiais militares durante uma abordagem, além de ter recebido tratamento racista. Após denunciar as agressões para a Corregedoria da Brigada Militar e para a imprensa, o estudante passou a receber cartas com ameaças de morte.
O caso está sob análise da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, ligada à Presidência da República, e da Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público do Rio Grande do Sul. A Brigada Militar também tem duas sindicâncias em andamento contra um soldado, um sargento e o comandante da Brigada Militar de Jaguarão, major José Antônio Ferreira.
Helder tenta, agora, transferência para uma universidade da Bahia, a fim de retomar os estudos. Em entrevista para o Coletivo Catarse, Helder relata os episódios e diz temer retaliações contra um amigo baiano, que permanece em Jaguarão.
Fonte: Brasil de Fato.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Agora é pra valer !


        É pessoal, só percebemos que era pra valee no momento em que nos vimos gravando em um centro de quimbanda. As entrevistas representam uma das partes mais importantes do nosso projeto, através delas buscamos responder a nossas duvidas e as dos alunos.

     Nosso objetivo lá era entrevistar a ialorixá Silvandira Gomes. A Mãe de santo do Cento Espírita de Umbanda Nossa Senhora Aparecida. Estávamos em sete pessoas, à professora responsável pelo projeto, suas quatro alunas, e duas alunas do curso de história da UFMS – CPTL. 

Veja algumas imagens abaixo:


  Rejane entrevistando a ialorixá Silvandira.

Alunas da escola João Dantas fotografando e filmando o local.

 Grupo entrevistando Silvandira

Visão geral do centro

      Vivemos um momento de aprendizagem, onde muitas das nossas duvidas começaram a ser respondidas através da entrevista. Foi uma experiência marcante para todos.
Esperem mais notícias!!!

Bruna Barros








sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nossos primeiros passos


Olá pessoal, no dia 26 de abril de 2012, iniciamos nosso trabalho com História das religiões afro-brasileiras na Escola Estadual João Dantas Filgueiras. Após os dias de preparo e observação, nossa primeira ação foi entrevistar os alunos a respeito do tema, indagando-os sobre o que pensavam e ouviam sobre religiões afro-brasileiras. Algumas fotos desse momento estão logo a baixo:

 Entrada da escola

Rejane entrevistando aluno

Daniel e Rodrigo entrevistando aluna

Algo interessante é que colocamos os alunos para entrevistarem uns aos outros. Com essa ação, eles passaram a falar o que pensavam sem se preocupar com quem estava ouvindo. Deixam de lado o medo e falar algo errado, e começaram a expor suas dúvidas e pensamentos.

 Aluna Lais do 2° A entrevistando aluno

Aluno Ezequias do 2° A entrevistando aluna. 

Os demais alunos da escola se interessaram com as filmagens, vários ficaram olhando e querendo ser entrevistados. Fazer isso além de nos aproximar dos alunos, nos ensinou muito.
Aguarde novas notícias!

Bruna Barros Fernandes

quarta-feira, 21 de março de 2012

Retomada dos trabalhos na escola João Dantas

Malungos!

Voltamos ao trabalho em 2012 com nova equipe. Desta vez contamos com o apoio do Programa de Institucional de Bolsas para Iniciação da Docência (PIBID) do curso de História da UFMS em Três Lagoas.
Ana Paula, Bruna, Jefferson e Naiara gerenciarão o projeto comigo e ainda teremos 14 estagiários!
Muito trabalho pela frente!
Aguardem novas notícias.

Prof. Lourival

Inserção na Prática da Escola Quilombola Antônio Delfino Pereira: Primeiros Passos

Alunos e alunas do 1º Ano "A" e "B" assistindo o filme do "Kiriku e a Feiticeira". Em resposta as ações...