quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Poesia de Manuela Margarido

Maria Manuela Conceição Carvalho Margarido (roça Olímpia, Ilha do Príncipe, 1925 - Lisboa, 10 de março de 2007) . Conhecida como Manuela Margarido, foi uma das principais poetisa de São Tomé e Princípe.
Lutou desde cedo contra o neocolonialismo. Com sua poesia denunciou a repressão colonialista e a miséria em que viviam os são-tomenses nas roças de café e do cacau.
Morreu aos 82 anos em Lisboa, onde morava para divulgar o nome e a cultura de seu país. 


PAISAGEM

Entardecer... capim nas costas
do negro reluzente
a caminho do terreiro.
Papagaios cinzentos
explodem na crista das palmeiras
e entrecruzam-se no sonho da minha infância,
na porcelana azulada das ostras.
Alto sonho, alto
como o coqueiro na borda do mar
com os seus frutos dourados e duros
como pedras oclusas
oscilando no ventre do tornado,
sulcando o céu com o seu penacho
doido.
No céu perpassa a angústia austera
da revolta
com suas garras suas ânsias suas certezas.
E uma figura de linhas agrestes
se apodera do tempo e da palavra.


Mais informações sobre a Manuela Margarido, acessem: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_africana/s_tome_princepe/manuela_margarido.html

Indicação de vídeo para trabalhar com Orixás na Sala de Aula

Para quem se interessar em trabalhar com Orixás de maneira didática, esse vídeo é simples e informativo, além de ser visualmente atraente.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Afirmação de identidade negra na poesia de Solano Trindade

Solano Trindade foi um poeta brasileiro preocupado com a questão de indentidade negra assim como  a difusão da história e da cultura afrodescendente.Foi ativista de vários movimentos negros e através de suas poesias mostra a importância da cor e da cultura do povo negro assim como a importância da sua identidade para o patimônio cultural.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

POR QUE BAOBÁ DO CERRADO?

Estamos em Três Lagoas, a quarta maior cidade do Mato Grosso do Sul, com cem mil habitantes, às margens do rio Paraná, na divisa com o estado de São Paulo. Quem vem de São Paulo para cá se espanta com a mudança da vegetação logo após o rio Paraná, sai mata Atlântica entra o Cerrado, ou que sobrou de ambas as vegetações.
O Cerrado seria algo semelhante à Savana africana (fazendo comparação grosseira). Solo arenoso, vegetação adaptada a grandes períodos sem chuva que ocorrem  aqui, com frequência entre novembro e março. Na África chove mais, por isso a vegetação é mais exuberante e permite a sobrevivência de grandes animais.
Aqui o Sertão Cerrado conhece forte expansão econômica, chegaram as indústrias e a cidade começa a viver as dores e as delícias do processo de modernização.
Estando nas bordas do Cerrado e pensando na semelhança da paisagem com a Savana africana pensamos no Baobá, árvore nativa de Madagascar  e símbolo do Senegal.  É importante para religiões africanas e afrobrasileiras.
Há exemplares no Brasil em Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Ceará, Goiás e Mato Grosso.
Em o Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry o menino preocupa-se com a existência de sementes da árvore que podem crescer e destruir seu asteróide.
Sua aparência majestosa impressiona (tem entre 5 e 25 metros de altura em média e cerca de 7 metros de diâmetro). Pode acumular até 120 mil  litros de água em seu tronco.
Representa o poder das culturas africanas e sua capacidade de enraizamento e generosidade.
A imagem abaixo é tirada do verbete da Wikipédia, onde  você pode encontrar mais informações:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Baob%C3%A1

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Blog

Este blog tem a intenção de relatar o trabalho de Educação etnicorracial que, estudantes do curso de História da UFMS de Três Lagoas, estamos desenvolvendo na Escola Estadual João Dantas Filgueiras,em Três Lagoas (MS).
A proposta consiste em unir o estágio obrigatório para a conclusão do curso de Licenciatura em História, com um projeto de extensão de pesquisa. Resultou que o Estágio se transformou em “estágio temático” quanto às questões etnicorraciais
A ideia foi muito bem recebida por professores e direção da escola. A união entre a escola e universidade, acabou indo além do estágio, o projeto de extensão intitulado: “História Oral de crianças e adolescentes negro(a)s: Subsídios para uma educação etnicorracial”, tem por objetivo fazer a História Oral de vida das crianças e adolescentes que estudam na escola e a partir delas identificar o processo de formação identitária dos jovens negros da cidade de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, estado que valoriza a identidade mestiça de seus habitantes sob o adjetivo de “cidade morena” de sua capital.
Queremos também que seja espaço de troca de experiências entre a comunidade escolar do João Dantas, acadêmicos do nosso curso de História e outros internautas interessados na promoção da igualdade racial em nosso país.
Publicaremos dicas de leituras, vídeos e outros sítios na internet que nos ajudem a conhecer melhor a cultura e história africana e afrobrasileira. Trataremos também de cursos e experiências bem sucedidas na área.

Inserção na Prática da Escola Quilombola Antônio Delfino Pereira: Primeiros Passos

Alunos e alunas do 1º Ano "A" e "B" assistindo o filme do "Kiriku e a Feiticeira". Em resposta as ações...