sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Relato 7ª aula no 3ºA (Larissa e Adonis)


           No dia 5 de setembro de 2011, foi colocado em prática a última aula da seqüência didática com o 3ºano do Ensino Médio. Nessa aula os alunos entregaram a atividade proposta na aula anterior.
            Entregamos para eles uma ficha de auto-avaliação em que muitos se mostraram coerentes com o que consideram de aprendizado. Nessa ficha estavam os critérios de avaliação, os mesmos que foram entregues no primeiro dia de aula. Por ser uma turma  madura e na aula 5 pontuamos cada um desses critérios, discutindo o que esperávamos que eles tivessem aprendido com a sequência, achamos pertinente que fizessem essa auto-avaliação.
            Para terminar essa seqüência, iniciamos a orientação com os vídeos que eles deverão entregar no fim do ano para expor durante a semana da consciência negra.
            Essa foi nossa última aula no 3ºA, uma sala que se demonstrou a priori ser apática, mas que durante as atividade nos surpreendeu por sua maturidade em lidar com as dificuldades encontradas durante a sequência e verdadeira preocupação em aprender o conteúdo aplicado, ao notar que mesmo nós sendo estagiários não estávamos ali apenas de passagem mas sim para contribuir em sua formação.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sobre bullyng na escola: vitima e perpetrador

Depois da tragédia na escola do Rio de Janeiro, passamos a discutir o bullyng (assédio) na escolas. Vejam que interessante o vídeo abaixo que ouviu o "outro lado da história". Relembro que chamar colega da escola de macaco, zombar do cabelo bombril e da "nega fedida" são posturas de bullyng bem comuns em nossas escolas e que tem alvo certo: crianças e adolescentes negros, tema desse blog. Apreciem e divulguem.
Prof. Lourival

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Relato 6ª aula no 3ºA (Larissa e Adonis)

No dia 31 de agosto de 2011, a seqüência didática foi continuada em sua 6ª aula. Devido as dificuldades encontrada nas atividades dos alunos, retomamos os critérios de avaliação com o grupo, abordando cada um deles. Esse momento houve bastante participação dos alunos, que apresentavam não ter conhecimento sobre as implicações desses critérios.
Por terem relatado que não sabiam fazer sistematização na aula anterior, foi entregue para eles um modelo de sistematização feita por nós em que abordávamos todo o conteúdo debatido até aquele momento da seqüência. De maneira expositiva recuperamos o conteúdo, enfatizando os pontos que os alunos tiveram maiores dificuldades.
Após esse momento esperávamos que eles tirassem suas dúvidas, mas apenas uma aluna nos questionou sobre o processo de localização do tempo histórico. Como tivemos problemas em explicar de maneira simples, ou melhor, de uma forma que eles aprendessem. Houve a intervenção do orientador de estágio obrigatório, que avisado sobre nosso problema de avaliação com a sala foi assistir a aula, nos orientou a fazer três linhas do tempo: uma para a História do Movimento negro, outra para a Luta dos Direitos Civis nos EUA e outra com a Ditadura Militar (1964 – 1985).
Os alunos demonstraram melhor compreensão sobre suas dúvidas. A partir disso propusemos outra atividade em que os alunos deveriam produzir um texto relacionando todos os conteúdos abordados na seqüência que foram: Luta pelos direitos civis no EUA, Ditadura Milita (1964 – 1985) e a História do Movimento entre 1960 a 1980. Essa atividade deverá ser entregue na próxima aula. 

Relato 5ª aula no 3ºA (Larissa e Adonis)

No dia 25 de agosto de 2011, prosseguimos com a 5ª aula no 3ºA. Com as atividades da aula anterior corrigidas, notamos que os alunos de modo geral compreenderam o conteúdo sim, entretanto ele as narram de maneira pronta em acabada, não conseguem diagnosticar a importância dos movimentos negros sociais nos Estados Unidos, como influenciam a participação do movimento negro no processo de resistência à Ditadura Militar (1964 – 1985)  e nem como os sujeitos históricos são importante para o desenrolar de todo esse movimento. Além de apresentarem grande dificuldade em relacionarem as fontes em si. Essas observações nos fizeram compreender que a turma estava atingindo apenas um critério de avaliação dos estipulados nos planos de aula.
Desta forma, a melhor solução encontrada por nós, foi levar o problema para a turma, que juntamente conosco, decidimos que iríamos dar uma aula a mais do que o programado pelo plano de aula, explicaríamos critério por critério, além de ensinar conteúdos procedimentais que não estavam previstos, como sistematização do conteúdo no caderno. Para que assim eles refizessem as atividades.
A sala ficou assustada com os critérios de avaliação, que foram entregues para eles na primeira aula, argumentando que não sabiam que a nossa avaliação seria dessa forma, pois não sabiam que deveriam ter essas habilidade em História.

Relato 4ª aula no 3ºA

No dia 24 de agosto de 2011, iniciamos a 4ª aula no 3ºA. Nessa aula houve a entrega das atividades diagnóstica produzidas pelos alunos no 1º encontro, com as nossas observações. Juntamente com essa atividade, entregamos uma carta da juventude do MNU (Movimento Negro Unificado) escrita em setembro de 2008, em que retiramos a história do MNU, principalmente sua função na luta política e social do Brasil, a baixo colocamos duas fotografias do ato político de 7 de julho de 1978 que fez ressurgir o MNU durante o período da Ditadura Militar (1964 – 1985).
            Pedimos para que os alunos relacionassem a música que havia na atividade diagnóstica, com as fontes entregues na aula e as anotações feitas no caderno durante as aulas e me dissessem porque os anos de 1970 tiveram importância para o movimento negro.
            Os alunos tiveram grande dificuldade em realizar a atividade, não quisemos interferir diretamente na atividade, pois era necessário para que nós soubéssemos como andava a compreensão sobre o assunto abordado.

Relato 3ª aula no 3ºA (Larissa e Adonis)

No dia 22 de agosto de 2011, foi dada a 3ª aula da seqüência didática no 3º A. Para essa aula foram utilizadas como recurso um pequeno trecho do livros “História do Negro no Brasil” de Wlamyra Albuquerque e Walter Fraga Filho, que retrata a importância da soul music para o movimento negro como forma de manifestação por intermédio do estilo visual (roupas, cabelos e acessórios).
            Para melhor percepção dos alunos sobre esse assunto, levamos para eles dois vídeos retirados do youtube um de James Brown e outro de Tim Maia. Para que os alunos percebam as características do estilo Black Power e a influência do movimento negro estadunidense no brasileiro.
            Após esse momento, pedimos para que os alunos em duplas relacionassem o mito da democracia racial, debatido na aula anterior, com o contexto da ditadura militar (1964 – 1985) e que argumentassem os motivos que a manifestação pela soul music era importante nesse período.
            Os alunos tiveram dificuldades em realizar essa atividade, até mesmo porque a maioria da turma não haviam feito a atividade extra-sala sobre mito da democracia racial pedida na primeira aula. Entretanto com a nossa intervenção os alunos realizaram as atividades sem grandes problemas. 
             Nessa aula, pedimos para que os alunos produzissem um clipe com ritmos da black music brasileira para que fossem apresentadas na Semana da Consciência Negra na escola. A turma a priori, não receberam a proposta com entusiasmo, mas conforme fomos explicando as finalidades e como seria o processo de confecção do produto, houve uma melhor aceitação. O clipe deverá ser entregue em novembro. 

Relato 2ª aula no 3ºA (Larissa e Adonis)

No dia 15 de Agosto de 2011 iniciamos a segunda aula da sequência didática no 3º ano, onde inicialmente entregamos para eles um trecho da obra “Casa Grande & Senzala” de Gilberto Freyre juntamente com um pequeno trecho de um discurso de Martin Luther King, feita em uma passeata a favor dos direitos civis nos Estados Unidos em 23 de agosto de 1963. Lemos juntos os dois textos e começamos a discuti-los, nesse dia a participação da sala foi excelente, pois quase toda a sala participou do debate e expuseram suas idéias.
Foi muito interessante a aula, vimos que a sala demonstrou um certo domínio sobre o assunto, e também um interesse considerável pela temática, levando em consideração suas experiências pessoais com relação a influência da cultura africana na Brasil.Quando entramos na sala para iniciarmos nosso trabalho no dia 10 de Agosto, encontramos uma sala quieta que quase não falava, por serem uma sala de terceiro ano, acreditávamos que as discussões iriam ser colocadas por uma boa parte dos alunos, mas nessa segunda aula ficamos muito felizes pelo desenvolvimento das discussões e pela participação dos alunos.
Houve também a participação da professora Rose em alguns momentos, complementando a nossa fala, contribuindo assim para o desenvolvimento da nossa seqüência didática. Na aula anterior do dia 10, tínhamos pedido um trabalho para que os alunos entregassem nessa aula, se tratava de uma pesquisa feita em grupo, no qual eles iriam apontar sobre o que é democracia racial, apenas 1 grupo entregou e um outro grupo ficou de mandar no e-mail do curso, pois a sala de informática estava fechada, e não teriam como imprimi-lo.
A sala foi colocada no sistema em “U”, e isso ajudou muito na hora da discussão, pois além de haver uma participação boa da sala nas discussões, aproximou o professor/aluno, criando assim um pouco mais de comunicação entre ambas a s partes.
Enfim, estamos muito contentes com o resultado das aulas e esperamos estar melhorando cada vez mais para juntos alcançarmos o objetivo da nossa sequência didática.

domingo, 11 de setembro de 2011

Primeira enquete do Baobá do Cerrado: religiões afro brasileiras na escola

Prezad@S leitores:

A equipe do Baobá do Cerrado quer saber: religiões afrobrasileiras como a Umbanda e o Candomblé devem ter a mesma visibilidade nas escolas como as religiões cristãs? Pedimos que o leitor responda SIM, NÃO, EM TERMOS e que expliquem sua resposta. Ah, não deixem de se identificar!
Abraços!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Entidades da Umbanda refletem história cultural brasileira


Vejam que interassante: Etnopsicologia e História: 

Fonte Agência FAPESP - Por Marcelo Pellegrini - marcelo.pellegrini.filho@usp.br
 Publicado em 1/setembro/2011 |  |
 
Médiuns durante ritual no Terreiro de Umbanda Pai José do Rosário
A história cultural brasileira pode ser aprendida e apreendida não apenas em livros de História, mas também em Terreiros de Umbanda espalhados por todo o País. Essa afirmação é um reflexo de estudos sobre a Umbanda realizados no Laboratório de Etnopsicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, que é coordenado pelo professor José F. Miguel H. Bairrão. “A religião é  concebida dentro do caldeirão cultural brasileiro congregando elementos do espiritismo, catolicismo, tradições indígenas e das religiões de origem africana”, descreve o pesquisador Rafael de Nuzzi Dias.
No estudo denominado Correntes ancestrais: os pretos-velhos do Rosário, Rafael reforça a ideia da antropóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Maria Helena Villas-Boas Concone, de que a Umbanda é formada por personagens retirados da experiência histórica e da memória coletiva brasileira. Como, por exemplo, o preto-velho e o caboclo.
“O preto-velho umbandista é associado aos escravos do Brasil pré-colonial e apresenta-se como ancestral afro-brasileiro, assim como o caboclo está relacionado com os indígenas e os baianos com os migrantes nordestinos”, afirma o pesquisador. “Essas entidades rememoram a cultura e a história (afro) brasileira por intermédio de alguns de seus personagens mais marcantes”, ressalta.
Universo Simbólico dos Pretos-Velhos
O estudo de Rafael Dias debruça-se especificamente sobre o preto-velho, entidade espiritual construída a partir da referência simbólica dos negros, ancestrais afro-brasileiros, trazidos da África para serem escravizados em terras brasileiras.
Em suma, são entidades que remetem à ascendência africana de grande parte do povo brasileiro, e que uma vez “abrasileiradas” trazem em seus ritos e performances a marca de uma forte herança católica. “O preto-velho é a entidade espiritual da umbanda que mais herdou e carrega elementos católicos, como a cruz, o rosário, os terços e suas orações”, afirma Dias.
Segundo o pesquisador, a influência católica é tão presente sobre os pretos-velhos, que eles, muitas vezes, se revelam como uma espécie de metáfora afro-brasileira do próprio Jesus Cristo, bastião do catolicismo. “Todos eles trazem uma marca de sofrimento ou de sacrifício e deixam a seus devotos a mensagem de que é possível elevar-se espiritualmente a partir do sofrimento, coerentemente com a lógica cristã”.
Para Dias, essa memória coletiva do período escravocrata brasileiro, presente nas marcas, narrativas e performances dos pretos-velhos, funciona como recurso simbólico para a resolução de conflitos subjetivos (individuais e coletivos) dos fiéis que os incorporam ou que com eles se consultam. “Os pretos-velhos agem na conciliação do homem com seu próprio inconsciente. Integrando marcas de filiação e pertencimento contidas na tradição e na cultura. Com isso, eles convocam a pessoa a assumir seus direitos e deveres enquanto elo de uma corrente ancestral”, afirma.
De acordo com o autor, isso é possível porque os conflitos e tensões psicológicas das pessoas são, em última instância, de natureza social e histórica, ou seja, também são permeadas pela cultura e pela tradição de seu povo.
Método
Para validar suas conclusões, a pesquisa de campo foi desenvolvida em quatro terreiros de umbanda da região de Ribeirão Preto, São Paulo, todos distintos e independentes entre si. Dentre os quatro terreiros, o Terreiro de Umbanda Pai José do Rosário — onde houve um trabalho de imersão de três anos — foi escolhido como caso-modelo para a apresentação dos resultados do estudo.
A obtenção dos dados se deu por meio de entrevistas semiabertas e da escuta participante, uma união dos métodos e instrumentos da observação participante, da antropologia, com a escuta psicanalítica lacaniana. “Num certo sentido, o objetivo do estudo foi aplicar, de forma não reducionista, os potencias práticos das ferramentas da clínica analítica nos terreiros. Como exemplo dessas ferramentas estão a transferência e a atenção ao sujeito do inconsciente, no contexto da Umbanda. Ou seja, em um contexto de um fenômeno social”, explica Dias.
Mais informações: email rafaelndias@hotmail.com

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Adonis, Josi, Larissa e Paulo Colle assumem a regência das "bandas"

     Como orientador do estágio estive ontem e hoje assistindo aulas dos nossos futuros professores. Estou orgulhoso! Afinal, eles devem estar se sentindo mesmo "regentes" do(a)s aluno(a)s que tocam afinado(a)s com  as sequencias didáticas sobre abolicionismo, neocolonialismo, religiões afro brasileiras, soul music, movimento negro e ditadura militar, reinos da Núbia e de Kush.
     A África e a diáspora africana estão no currículo da escola.
     Os alunos e alunas do João Dantas sentam-se em círculos, numa grande roda, ou em pequenos grupos para trabalharem coletivamente. Aposta no diálogo como única forma de educação, como nos ensina Paulo Freire.
As crianças e adolescentes são solicitados, praticamente todos os dias, a lerem fragmentos de textos previamente selecionados e a produzirem sínteses sobre o que está sendo estudado. Ainda: levam tarefas para casa para aprofundarem em temas discutidos em sala de aula.
     Sendo regentes, os quatro maestros tentam colocar seus músicos em afinação. As vezes os regentes se distraem e a banda desafina, às vezes o problema é com um ou outro músico. Apesar disso, estejam certos que ainda sairemos muito "pra ver a banda tocar".
     Aproveito para agradecer a atenção dos professores supervisores: Rose e Paulo, o diretor Sérgio e a coordenadora Luciana, Eva da sala de leitura e ainda os outros professores que estão apoiando nosso projeto, em particular: José Augusto 'Barata', Ilma e Rosana.

Lourival dos Santos (professor orientador de estágio _ História UFMS)

Inserção na Prática da Escola Quilombola Antônio Delfino Pereira: Primeiros Passos

Alunos e alunas do 1º Ano "A" e "B" assistindo o filme do "Kiriku e a Feiticeira". Em resposta as ações...