Com o intuito de quebrar paradigmas representativos sobre o
negro ao longo da história, neste segundo bimestre de 2013, um novo projeto foi
desenvolvido com os alunos dos 9º A e 9º C na Escola João Dantas Filgueiras,
sobre as representações dos negros na África do século XIX e no Brasil atual. As atividades foram desenvolvidas durante as aulas de História e o conteúdo se baseou no Neocolonialismo e
imperialismo europeu na África.
Em termos gerais, o principal objetivo do projeto foi tentar
quebrar a visão do aluno sobre o negro representado apenas como escravo. Para
isso foram realizadas várias atividades em que os alunos tinham que
desconstruir imagens e fotografias de pessoas negras, africanas e ricas do
século XIX. A atividade disparadora se deteve em pedir para os alunos levantar
hipóteses sobre quem poderiam ser essas pessoas, sem que eles tivessem algum
tipo de contato com o conteúdo a ser estudado. O Resultado foi o que se esperava,
inúmeros alunos escreveram que aquelas imagens representavam um negro depois da
escravidão, com uma vida um pouco melhor, mas não com um status social elevado.
A dificuldade em ver o negro fora desse papel de escravidão, foi algo extremante
presente.
Em atividades posteriores, os alunos elaboraram perguntas
sobre o que deveriam saber sobre o período para compreender a política, a
sociedade, a economia e a cultura do século XIX para então entender quem eram
aquelas pessoas. Essa atividade de pesquisa foi realizada em livros didáticos,
revistas e internet, para que os alunos pudessem ter várias respostas sobre um
mesmo tema.
Já na reta final do trabalho, com hipóteses levantas e
pesquisas realizadas, os alunos escreveram um texto relacionando as
características da África do século XIX e a vida dos negros voltando à visão para
os benefícios e os negros enriquecidos. Para tentar modificar de vez a visão
escravocrata do negro, como última atividade os alunos elaboram um painel
intitulado “SOU NEGRO E SOU...” neste painel foram recortadas imagens de
pessoas negras da atualidade com a profissão em que atuava. Como resultado, obtivemos
muitas imagens de negros como artistas, modelos, lutadores, inclusive
presidente e juiz.
Praticamente
encerradas as atividades, pode-se concluir que foi uma experiência muito
gratificante enquanto regente e espero que para os alunos também, pois
além de garantir um aprendizado diferenciado, considero ser muito esclarecedora
por permitir uma análise mais profunda sobre a visão do negro perante a
história e a representação que isso causa nos dias atuais.
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