terça-feira, 11 de abril de 2017

Semeando Ancestralidade em Escolas Quilombolas: Alunos protagonistas e professores pesquisadores

Olá!  

Usaremos esse espaço para compartilhar as experiencias do projeto Semeando Ancestralidade em Escolas Quilombolas. O projeto visa a parceria entre agentes da Universidade Federal de Mato Grosso do sul e professores da escola Zumbi dos Palmares em Furnas do Dionísio.
O dia 08 de abril reuniu-se o NEABI, o GEPEH e os professores da escola Zumbi dos Palmares em Furnas do Dionísio, aonde está em andamento a formulação de um currículo quilombola. Para o primeiro fim de semana de abril, foi programado um debate que visava sistematizar as Diretrizes Nacionais Quilombolas para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Vê-se a necessidade de surgir dos professores as demandas que serão trabalhadas na escola, pois são eles inseridos no cotidiano e na cultura escolar que no espaço encontra-se.
A reunião foi uma continuação dos trabalhos em andamento. Procurou-se apresentar a devolutiva do encontro passado. Essa metodologia é importante pois os professores se encontram participantes de um processo de construção pedagógica, política e de transformação e percebem que a cada encontro refletem sobre o espaço escolar que  é vivido.
É proposto nos encontros o debate acerca do papel do aluno enquanto protagonista do currículo quilombola, e o professor como mediador e direcionador dos conhecimentos que possuem e que adquirem. O último encontro funcionou principalmente no intento de fomentar a pesquisa em educação e a formação curricular quilombola.
Procurou-se entender os saberes que os professores constituem a respeito da comunidade. A metodologia estabelecida foi o retorno de suas falas, que foram transcritas em encontros passados, entendendo-as como um discurso cerceado por uma consciência histórica e formação cultural. Retornar a essas falas propôs que os professores reflitam sobre os conhecimentos ressignificados ao longo do projeto.
A intensão é fornecer subsídios para que os professores pensem nas demandas localizadas na escola, colocando os alunos como protagonistas. Discutindo sobre estratégias de controle e poder, a dimensão e organização espacial da sala e símbolos da subalternidade impostos em questões de gênero.
O projeto dimensiona a construção de identidade quilombola na escola Zumbi dos Palmares e na comunidade Furnas do Dionísio. É fundamental tocar na memória da comunidade e na história da escola buscando os saberes do cotidiano da comunidade ao ensino de História, Ciências, Matemática, Português e outras disciplinas escolares.

Dessa forma proveitosa, desejamos que os trabalhos continuem.





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