O trabalho com a sequência
didática foi iniciado na terceira semana de setembro de 2014. As aulas eram
ministradas as segundas e sextas-feiras no 6º ano B, turma do professor
Wellington. Os pibidianos Ana Paula (8º semestre de História), Caio Alexandre
(2º semestre de História), Eduardo Dianna (2º semestre de História), e Roni
Stanckevicz (2º semestre de História), juntamente com o estagiário Rafael
Rezende (8º semestre de História), foram os responsáveis pelo desenvolvimento
deste projeto na escola.
Nem no decorrer do
projeto e nem em seu início identificamos resistência por parte dos alunos
quanto a nossa presença em sala e muito menos quanto ao nosso trabalho. Os
alunos foram muito simpáticos e nos receberam muito bem, e logo ficaram
animados com a possibilidade de jogar e aprender sobre Mancala, apesar de a
maioria, assim como em outros lugares, não conhecerem o jogo.
A simpatia e a animação
dos alunos não nos privaram de alguns obstáculos e contratempos. Porém o grande
contratempo foram as aulas dispensadas, outras que foram adiantadas e
desencontros na escola que impediram que os encontros com os alunos fluíssem
como o esperado, fazendo com que algumas aulas do planejamento tivessem de ser
repensadas e até suprimidas por conta do tempo.
Tivemos um pouco de dificuldade quando o
assunto era leitura. Os alunos resistiam a se concentrarem durante toda a
leitura dos textos propostos, tinham dificuldade de entender o contexto e
responder as perguntas norteadoras. Lidamos com essa dificuldade por meio de
atendimento individual e em duplas nas carteiras, estimulando a leitura, e
questionando-os sobre o que haviam lido. Durante o decorrer das demais aulas os
alunos se mostraram muito participativos, sempre fazendo perguntas,
questionando e contribuindo para as discussões que envolviam imagens sobre o
jogo.
Alunos lendo individualmente o texto com ajuda de pibidianos |
Desafios à parte, o trabalho da sequência
conseguiu atingir seus objetivos principais que eram fazer com que os alunos
aprendessem a função e a finalidade do jogo no Egito Antigo, entendessem o
caráter interdisciplinar do uso da mancala em sala de aula, conhecessem as
características agrícolas, demográficas, culturais e sociais da região em que o
jogo surgiu e principalmente conhecessem e valorizassem aspectos e
características da cultura Africana em nossa sociedade.
Como produto final de
todo esse trabalho os alunos do 6º ano B montaram, para o dia da consciência
negra comemorado na escola estadual João Dantas Filgueiras, uma sala temática em
que eles coordenando as entradas e saídas de visitantes explicaram a história
do jogo e ensinaram as regras e os fundamentos do mesmo a professores, colegas
e visitantes da escola que poderiam participar de um pequeno torneio de Mancala
antes de saírem da sala. Os alunos foram totalmente responsáveis pelo
funcionamento da sala e seu sucesso de visitas.
Alunos jogando Mancala |
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