quinta-feira, 27 de junho de 2013

Lei vai triplicar cotas nas universidades federais até 2016.

23/12/2012 - 07h10

Uma grande mudança no perfil de calouros nas universidades públicas está em curso no país: em quatro anos, o número de cotistas nas federais deverá quase triplicar.
A alteração é imposta por lei federal --cuja implementação está em andamento-- que exige que as universidades mantidas pela União reservem até 2016 ao menos 50% das suas vagas para formados em escolas públicas.
Hoje, a partir de ações individuais, as cotas para esse público abrangem 19% dos postos, segundo levantamento feito pela Folha com as 62 universidades e faculdades federais do país -30 delas não têm nenhuma cota.
Em números absolutos, das 224 mil vagas, 42 mil estão reservadas para os estudantes da escola pública.
A vantagem para esses estudantes é que eles disputam postos somente entre si.
Sem as cotas, essas vagas tendem a ser ocupadas por estudantes de escolas privadas, que em geral recebem ensino de melhor qualidade.
A regra federal define também grupos específicos de alunos da rede pública que serão beneficiados. Os com baixa renda devem ocupar metade das vagas reservadas.
Ainda dentro da cota para escolas públicas, deverá haver postos reservados para pretos, pardos e indígenas.
A distribuição das vagas para esses alunos dependerá da proporção das populações no Estado sede da instituição, segundo o Censo do IBGE.
Ou seja, haverá uma combinação de cotas sociais, relativas à renda, com cotas raciais, relacionadas à autodeclaração da cor da pele. O denominador comum entre os cotistas é que todos deverão ter cumprido todo o ensino médio na escola pública.
A regra ficou 13 anos em discussão no Congresso e foi sancionada pela presidente Dilma em agosto. Já em 2013, as instituições deverão reservar 12,5% das vagas para estudantes da escola pública.
USP, Unesp e Unicamp estudam a adoção de proposta na mesma direção, a pedido do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).



PRESENTE
O impacto da política federal, com base em experiências já existentes, é difícil de ser projetado. Algumas escolas dizem não ter dados, caso da Unifesp, a primeira em São Paulo a adotar a política.
Os estudos disponíveis avaliam ações que, em geral, têm formato diferente do previsto na lei. Nesses trabalhos, uma conclusão comum é que os cotistas entram com desempenho pior, mas depois compensam a diferença.
A hipótese dos analistas é que os beneficiados valorizam a vaga e se empenham.
Ainda é desconhecido, porém, o efeito da cota de 50%.
Na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que reserva 45% de suas vagas, a taxa de evasão dos cotistas é menor que a dos demais.
Estudo na UnB (Universidade de Brasília) feito pelos pesquisadores Maria Eduarda Tannuri-Pianto (UnB) e Andrew Francis (Emory University-EUA) aponta que o aumento de negros na instituição não aumentou a diferença de rendimento que já existia em relação aos brancos.
A UnB reserva 20% das vagas para estudantes negros.
Além disso, a população beneficiada passou a disputar cursos mais concorridos.
Na Unicamp, onde há bônus no vestibular para alunos de escolas públicas e um adicional segundo a cor da pele, o abandono entre não bonificados e bonificados da rede pública é igual (24%). 
A taxa, porém, é um pouco maior entre pretos, pardos e indígenas (28%). A universidade decidiu manter a ação, e diz que o ganho na diversidade do campus compensa.

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
Colaboraram EDUARDO VASCONCELOS e VALMAR HUPSEL FILHO

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1205704-lei-vai-triplicar-cotas-nas-universidades-federais-ate-2016.shtml

Mercadante quer 100% dos royalties do petróleo para educação.

26/06/2013 - 13h33

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse nesta quarta-feira (26) que o governo defende a aplicação de 100%, e não de 75%, dos royalties do petróleo na educação, mas ponderou que deverá esperar a palavra do Senado, que analisa a matéria, para ter uma decisão a respeito na nova divisão.
A Câmara dos Deputados estabeleceu na madrugada desta quarta que 75% das receitas do petróleo serão destinadas para a educação. O projeto original, enviado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso em maio, previa 100% do montante para o setor.
Pela alteração realizada pelos deputados, os outros 25% desses recursos irão agora para a saúde. A norma terá efeito para União, Estados e municípios.
"Vamos aguardar a decisão do Congresso Nacional. Essa matéria ainda vai ao Senado. Vamos aguardar, porque o Senado estava votando o PNE [Plano Nacional de Educação] colocando 100% dos royalties dentro do PNE. Então vamos aguardar como o Senado vai se posicionar", disse o ministro.
"O governo é favorável ao 100% dos royalties do petróleo, mas evidentemente que nós respeitaremos a decisão do Congresso. Vamos aguardar a decisão", completou.
As regras valem para os recursos dos royalties e da participação especial referentes aos contratos firmados a partir de 3 de dezembro do ano passado, sob os regimes de concessão e de partilha de produção de petróleo. O texto segue para análise do Senado.
Foi estabelecido ainda que essa medida também será aplicada para contratos anteriores a essa data que ainda não tiverem a "declaração de comercialidade", que atestaria que já há produção.

TAI NALON
DE BRASÍLIA

Síndrome do 3º Ano

Relato de Aula 20/06/2013 - Turma 3º Ano EM

Durante a aula no terceiro ano do ensino médio, no dia 20, presenciei uma situação curiosa. A uma professora da escola, João Dantas Filgueiras - JODAFI, veio verificar se a turma entregou à seus pais uma notificação da escola. Ao perceber que a maioria dos alunos não havia entregado tal notificação, ela se decepcionou e alega que a turma está muito relaxada, que lhes faltava responsabilidades e disse por fim que isso era a Síndrome do 3º ano.
Parando para refletir sobre esta situação tenho certeza que a escola desconhece que os motivos para o terceiro ano ser assim, porém, suponho no mínimo que a escola também têm lá sua parcela de responsabilidade. Entendendo que numa relação entre professor e aluno e aluno e escola, há sem dúvidas uma troca de experiências é compreensível pensar que a falta de empenho de um terceiro ano também seja responsabilidade da escola. Afinal são anos de críticas e tentativas de tornar o aluno “disciplinado”, ou seja, sentado sem conversar com os colegas prestando apenas atenção na aula do professor. Não é de se espantar que o aluno perca a vontade de falar e de participar das aulas.
O rótulo para um problema da escola já foi achado, devemos agora pensar em estratégias por nossa parte, como educadores, para resolvê-lo.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

De que negros estamos falando?

Com o intuito de quebrar paradigmas representativos sobre o negro ao longo da história, neste segundo bimestre de 2013, um novo projeto foi desenvolvido com os alunos dos 9º A e 9º C na Escola João Dantas Filgueiras, sobre as representações dos negros na África do século XIX e no Brasil atual. As atividades foram desenvolvidas durante as aulas de História e  o conteúdo se baseou no Neocolonialismo e imperialismo europeu na África.

Em termos gerais, o principal objetivo do projeto foi tentar quebrar a visão do aluno sobre o negro representado apenas como escravo. Para isso foram realizadas várias atividades em que os alunos tinham que desconstruir imagens e fotografias de pessoas negras, africanas e ricas do século XIX. A atividade disparadora se deteve em pedir para os alunos levantar hipóteses sobre quem poderiam ser essas pessoas, sem que eles tivessem algum tipo de contato com o conteúdo a ser estudado. O Resultado foi o que se esperava, inúmeros alunos escreveram que aquelas imagens representavam um negro depois da escravidão, com uma vida um pouco melhor, mas não com um status social elevado. A dificuldade em ver o negro fora desse papel de escravidão, foi algo extremante presente.

Em atividades posteriores, os alunos elaboraram perguntas sobre o que deveriam saber sobre o período para compreender a política, a sociedade, a economia e a cultura do século XIX para então entender quem eram aquelas pessoas. Essa atividade de pesquisa foi realizada em livros didáticos, revistas e internet, para que os alunos pudessem ter várias respostas sobre um mesmo tema.


Já na reta final do trabalho, com hipóteses levantas e pesquisas realizadas, os alunos escreveram um texto relacionando as características da África do século XIX e a vida dos negros voltando à visão para os benefícios e os negros enriquecidos. Para tentar modificar de vez a visão escravocrata do negro, como última atividade os alunos elaboram um painel intitulado “SOU NEGRO E SOU...” neste painel foram recortadas imagens de pessoas negras da atualidade com a profissão em que atuava. Como resultado, obtivemos muitas imagens de negros como artistas, modelos, lutadores, inclusive presidente e juiz.
Praticamente encerradas as atividades, pode-se concluir que foi uma experiência muito gratificante enquanto regente e espero que para os alunos também, pois além de garantir um aprendizado diferenciado, considero ser muito esclarecedora por permitir uma análise mais profunda sobre a visão do negro perante a história e a representação que isso causa nos dias atuais.



terça-feira, 11 de junho de 2013

SNJ ampliará parceria com sistema de Justiça no enfrentamento à violência contra a juventude negra.


A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) está estreitando os laços com instituições do sistema de Justiça brasileiro para avançar no enfrentamento à violência contra a juventude negra. Na próxima quarta-feira (12) a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, fará uma apresentação do Plano Juventude Viva ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para iniciar o planejamento da parceria. [Leia Mais]

Inserção na Prática da Escola Quilombola Antônio Delfino Pereira: Primeiros Passos

Alunos e alunas do 1º Ano "A" e "B" assistindo o filme do "Kiriku e a Feiticeira". Em resposta as ações...